"Fugimos do abismo da vida, e fugimos da vida - embora tal seja uma autentica estupidez. Se fugimos da vida, caminhamos para o abismo; se fugimos do abismo, abraçamos o calor frio da vida. E talvez porque somos humanos, voltamos novamente a perder o comboio, e novamente, e novamente - e assim continuamos, e assim caímos, e assim caem connosco. Perdemos quem amamos, perdemos quem odiamos [ódio este que somente demonstra que tais pessoas fazem parte do nosso espelho de vida].
Perdemo-nos - oh, como o comboio já lá vai!" - J. A.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Voo.

Vou em frente para o indefinido mas,
Ao lançar-me ansioso para o abismo,
Ergo-me no ar,
Gracioso, Colibri,
Falcão, veloz...
Voo assim pelo tempo e espaço efémeros,
Soltando brados de alegria,
Engolindo golfadas do ar rarefeito,
Cerrando os olhos,
Fechando os olhos,
Luz intensa...
E vou mais alto,
E mais longe,
E mais rápido,
E bato as asas freneticamente,
Desejo louco de subir como ninguém,
Foguete que se lança em rasto de luz pela exosfera acima!
Voo, voo
E não penso,
E assim sou feliz.
Mas ser-se-á feliz sem sequer pensar?
E aí, eu que nem sou grego,
Queimo as asas por voar demasiado perto do sol.

2 comentários:

Inês Oliveira disse...

Poeta <- acabo de te atribuir título.

Marta disse...

afinal voas mesmo =)

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